Segundo informações do jornal Le Figaro, foram entregues dez aeronaves, sendo oito aviões e dois helicópteros. Durante a cerimônia estiveram presentes o embaixador russo na região, Igor Gromyko, e o chefe da junta maliana, o coronel Assimi Goita.
O governo do Mali recebeu o caça Sukhoi Su-25, aeronave de ataque ao solo e apoio, e o Albatros L-39, uma aeronave de design tcheco originalmente destinada a treinamento, mas frequentemente usada como força de ataque.
O Exército do Mali também informou que recebeu o Mi-8, um helicóptero polivalente de desenho soviético usado para transportar tropas e equipamentos. A aeronave também pode ser equipada para apoiar os soldados no terreno.
Segundo informações da imprensa francesa, esta deve ser a última entrega do gênero divulgada pelas autoridades. Outras ocorreram entre março e agosto de 2022.
Há muitos anos o Mali enfrenta problemas com terroristas islâmicos, que se assentaram em diversas regiões do país. Em outubro de 2022, o presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou o fim da Operação Barkhane, na região do Sahel, admitindo o fracasso da ocupação francesa.
A junta que assumiu o governo em 2020 rompeu a aliança do Mali com diversas nações ocidentais, principalmente após acusações de que os esforços da aliança ocidental não surtiram efeito para reduzir os ataques terroristas.
Ao lado do governo russo, as autoridades do país africano dizem ter recuperado a iniciativa contra os jihadistas.
O chefe do Estado-Maior da Força Aérea, major-general Alou Boi Diarra, chegou a dizer que “as forças malianas vivenciaram, nos últimos dois anos, uma dinâmica sem precedentes de reforço, modernização e equipamento”, disse.
Os equipamentos russos destinam-se a apoiar as tropas na luta contra os jihadistas, disse Diarra, acrescentando que “eles permitirão que o Exército estenda seu raio de ação e ataque rapidamente os seus inimigos”.