Na próxima semana, o governo do Brasil anunciará as primeiras medidas económicas, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele deu a declaração, ontem, ao retornar ao ministério após reunir-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por mais de duas horas.
Citado pela Agência Brasil, Haddad não adiantou detalhes das medidas. Apenas disse que falará na próxima semana.
A declaração ocorre no dia (quarta-feira) em que o governo teve de corrigir declarações divergentes na área económica. Ontem, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, disse que não está em estudo nenhuma revisão da reforma da Previdência, ao contrário do que tinha anunciado no dia anterior (3) o ministro da Previdência, Carlos Lupi.
Durante a transição, Haddad tinha afirmado que a equipe económica pretendia analisar as contas públicas para reestimar as receitas do governo e refazer a previsão de déficit primário para este ano. Caso a arrecadação venha menor que o previsto, o próximo governo poderá ter de aumentar impostos ou rever desonerações, mas o futuro ministro não falou sobre essa possibilidade.
O déficit primário representa o resultado negativo das contas do governo sem os juros da dívida pública. O Orçamento de 2023 estabelece como meta um déficit de R$ 231,5 bilhões.