Os Estados Unidos vão fornecer à Ucrânia o sistema de defesa aérea Patriot para ajudar a combater os ataques aéreos de Moscou — anunciou o Departamento de Estado nesta quarta-feira (21).
O sistema faz parte de uma ajuda de US$ 1,85 bilhão apresentada em paralelo à visita do presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, a Washington. Esta é sua primeira viagem para fora do país desde a invasão da Rússia em fevereiro deste ano.
O anúncio é uma vitória significativa para Kiev, que pressionou o governo americano, repetidamente, nesse sentido. Também é um forte sinal de apoio dos Estados Unidos à Ucrânia para ajudar a reforçar as defesas do país.
“A assistência de hoje inclui, pela primeira vez, o Sistema de Defesa Aérea Patriot, capaz de derrubar mísseis de cruzeiro, mísseis balísticos de curto alcance e aviões em um teto significativamente mais alto do que os sistemas de defesa antiaérea fornecidos anteriormente”, declarou o secretário de Estado americano, Antony Blinken, em um comunicado.
As defesas aéreas da Ucrânia tiveram um papel fundamental na proteção do país contra os ataques russos, assim como para evitar que as forças de Moscou conseguissem o controle dos céus.
À medida que a Rússia enfrentava cada vez mais reveses no terreno, começou a atacar sistematicamente a infraestrutura crítica na Ucrânia, provocando cortes de energia elétrica, de água e na calefação de milhões de pessoas.
Fabricado pela Raytheon, o MIM-104 Patriot é um sistema de mísseis terra-ar (SAM) desenvolvido, inicialmente, para interceptar aeronaves em alto voo.
Foi modificado na década de 1980 para se concentrar na nova ameaça de mísseis balísticos táticos e mostrou sua eficácia contra os Scuds de fabricação russa usados pelo Iraque de Saddam Hussein na primeira Guerra do Golfo, o primeiro uso desse sistema em combate.